8.5.07

EM BEJA

O IIIº Festival Internacional de BD de Beja inaugurou no Sábado e pode ser visitado até ao próximo dia 20, com a certeza de que quem por lá passar quererá voltar para o ano.
São sete os núcleos de exposição, espalhados pela cidade e acessíveis com pequenas caminhadas (o carro não fará falta, até porque a cidade é bonita e, embora não tão plana quanto as ideias feitas sobre o Alentejo possam levar a crer, fácil de palmilhar). Na casa da Cultura, onde mora a Bedeteca de Beja, pode ver-se o trabalho de David B., Ulf K., Maria João Worm, Max, José Manuel Saraiva, Pedro Rocha Nogueira, Gisela Martins & Sara Ferreira e Artur Correia & António Gomes de Almeida. Nas arcadas, há livros dos autores presentes no Festival, o que é coisa rara nestas andanças quando os autores não estão editados em português: entre a Livraria Francesa e as remessas de Espanha, Galiza e Catalunha, os livros de Max, David B. e David Rubín, bem como os fanzines Barsowia e Bd Banda (onde se publicam os trabalhos dos autores galegos que podem ser vistos na Pousada de S. Francisco) estão quase todos disponíveis para quem os quiser comprar, ou apenas folhear. E também lá estão os livros e fanzines que, mesmo estando editados em português, raramente ou quase nunca se encontram em eventos desta dimensão: o catálogo da Chili Com Carne, as edições Opuntya Books, do André Lemos, os livros editados pela Bedeteca de Lisboa (que incluem Alice Geirinhas, com Alice – Ilustração e Maria João Worm, com História, para além de vários números da revista Quadrado, com trabalhos de Max, José Manuel Saraiva, Maria João Worm, Alice Geirinhas ou David B.). Nas bancas há ainda espaço para o atelier Mike Goes West e para as serigrafias das séries Comércio Tradicional e Check-Point, que incluem André Lemos e Max (com uma serigrafia acabadinha de estrear).
Da Casa da Cultura, coração do Festival, é fácil caminhar até à Pousada de S. Francisco (colectiva Desde a Galiza), à Casa Museu Jorge Vieira (Alice Geirinhas), ao Conservatório (colectiva Toupeira), aos Núcleo Visigótico do Museu Regional (Miguelanxo Prado), ao Museu Regional (Augusto Trigo) e à Galeria do Desassossego (André Lemos). Difícil será não parar entre exposições para comer qualquer coisa. E depois disso, aí sim, pode ser difícil continuar a caminhada sem umas horinhas de sesta. É que a comida alentejana é muito boa, mas pesa um bocado em estômagos fracos...

Sem comentários: